Recentemente o Papa João Paulo II voltou a fazer suas considerações ao reconhecer os erros do passado em relação à intolerância religiosa, por ocasião da publicação de um livro de autoria de Agostino Barromeu, professor da Universidade Católica de Sapienza-Itália.
O trabalho deste autor se resume em mostrar que durante o tempo da Inquisição, que em alguns países como Portugal e Brasil chegaram a vigorar por 3,5 séculos, a Igreja Católica não foi tão carrasca e não matou tanto como ensinam todos os livros de história, pois apenas menos de 1,8% dos réus julgados foram mortos em suas fogueiras (Revista Isto É/1811 de 23/06/04). O Papa já havia pedido perdão pelos erros da Inquisição Católica no ano de 2000. Antes, porém, já havia também pedido perdão aos judeus, por ter o Vaticano se calado no período do Holocausto que ocorreu na 2a. Guerra Mundial.
Um passado não judaico compromete um Báal T'Shuvá como judeu em potencial?
INTRODUÇÃO: É de conhecimento de todos os que têm contato com a Tradição Judaica, mesmo que seja rudimentarmente, a questão da T’shuvá que significa “Retorno [para D’us]” ou “Arrependimento”. A mesma é, indubitavelmente, fundamental na fé judaica. Quando pecamos temos diante de nós, todos os meios de T’shuvá, e isso desde a singela resolução de deixar determinado rumo de mau comportamento à luta pela renovação e restauração da comunhão com D’us. Este é o entendimento mais comum de T’shuvá.
A primeira semana de dezembro de 1996 foi marcada pelo encontro mundial dos representantes das comunidades sefaraditas da diáspora portuguesa. O encontro transcorreu nos dias 3, 4 e 5 de dezembro, em várias cidades de Portugal. Foi inegavelmente um gesto de repúdio oficial do governo português ao capítulo nefasto de uma história iniciada exatamente no dia 5 de dezembro de 1496.
Diz o velho ditado que todos os caminhos levam a Jerusalém. No meu caso alguns caminhos levaram-me a Petrópolis. Lendo um artigo sobre a cultura judaica de D. Pedro II, tive conhecimento também da existência do Rabino Mossé de Avignon na Provença Francesa e fiquei encantada com a grande amizade que mantiveram até o fim de suas vidas.
Com dissemos, anteriormente, as Minas Gerais de ouro, esmeralda e diamantes atraíram os judeus e cristãos-novos, que vieram dos estados do norte brasileiro, de Portugal e de outros países, como Espanha e Itália.
O grande fato é que o elemento judeu deixou um relevante legado no caldeamento étnico do Brasil colônia. Por isso, o tronco étnico do povo brasileiro é riquíssimo e, pode até ser considerado um fenômeno, a miscigenação de raças e costumes.
Eis que dos escombros ocultos da inquisição espanhola e portuguesa, qual fênix das cinzas, um povo não mais considerado povo, desacreditado, rejeitado, de identidade quebrada, roubada e massacrada, renasce!